‘Pedro Sem era um
mercador rico mas não tinha títulos de nobreza, o que muito o afetava. Possuía
muitas naus na Índia e era também usurário. Vivia rodeado de luxo à custa da
desgraça alheia, pois emprestava dinheiro a juros elevados.
Um dia, estavam as suas naus para chegar, carregadas de especiarias e outros bens preciosos, quando a sua máxima ambição foi realizada: casou-se com uma jovem da nobreza, em troca do perdão das dívidas do seu pai. Decorria a festa de casamento, que durou quinze dias consecutivos, quando as naus de Pedro Sem se aproximaram da barra do Douro.
Um dia, estavam as suas naus para chegar, carregadas de especiarias e outros bens preciosos, quando a sua máxima ambição foi realizada: casou-se com uma jovem da nobreza, em troca do perdão das dívidas do seu pai. Decorria a festa de casamento, que durou quinze dias consecutivos, quando as naus de Pedro Sem se aproximaram da barra do Douro.
O arrogante mercador, acompanhado pelos seus convidados, subiu à torre do seu palácio e, confiante do seu poder, desafiou Deus, dizendo que nem o Criador o poderia fazer pobre. Nesse momento, o céu azul deu lugar a uma grande tempestade!
Pedro Sem assistiu impotente ao naufrágio das suas naus. De seguida, a torre foi atingida por um raio que fez deflagrar um incêndio que destruiu todos os seus bens.
Arruinado, Pedro Sem passou a pedir esmola nas ruas, lamentando-se a quem passava: "Dê uma esmolinha a Pedro Sem, que teve tudo e agora nada tem...".
A torre medieval onde morava Pedro Sem está situada na rua da Boa Nova, diante do antigo Palácio de Cristal (atual Pavilhão Rosa Mota), no Porto. É ainda hoje conhecida por Torre de Pedro Sem.
A história diz que essa torre pertencia a Pero do Sem, doutor de leis, jurisconsulto e chanceler-mor de D. Afonso VI no século XIV, mas a lenda remete para uma data posterior - século XVI - a existência de um personagem chamado Pedro Sem.’
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