“Uma cidade pode ser apenas um rio, uma torre, uma
rua com varandas de sal e gerânios de espuma. Pode ser um cacho de uvas numa
garrafa, uma bandeira azul e branca, um cavalo de crinas de algodão, esporas de
água e flancos de granito. Uma cidade pode ser o nome dum país, dum cais, um
porto, um barco de andorinhas e gaivotas ancoradas na areia. E pode ser um
arco-íris à janela, um manjerico de sol, um beijo de magnólias ao crepúsculo,
um balão aceso numa noite de junho. Uma cidade pode ser um coração, um punho.”
Foi assim que o poeta Albano Martins cantou sua
cidade. Portugal surgiu ali, às margens do Rio Douro. O velho ancoradouro dos
romanos – a que chamavam Cálem - deu lugar a um país a partir de uma cidade que
é apelidada invicta por causa dos atos heroicos da sua história. Construída
sobre granito, amada pela gente que lá nasceu, plantada sobre os montes que
desenham seus telhados a descer em cascatas coloridas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário