terça-feira, 26 de setembro de 2017

Amar o Porto


Não foi amor à primeira vista. Pelo menos uma dezena de vezes, vindo da França, atravessei a ponte Luiz I sem parar na cidade. Lisboa me atraia. Diziam-me que o Porto era uma cidade onde apenas se trabalhava, em Lisboa estaria a contemplação da vida. Achava interessante observar lá embaixo as adegas de Vila Nova de Gaia e o Douro que corria com suas águas em direção ao mar. Mais nada.


Até que um dia resolvi passar algum tempo na cidade. Uma semana que acabou por transformar-se em todos os dias das férias. Sem que sentisse, o Porto exerceu todo o poder do seu fascínio e assim me transformei num amante incondicional. É uma cidade que não se revela à primeira visita. É preciso descobri-la aos poucos num andar em que o mistério mistura-se à fantasia e à sua história tão rica, ao encanto do seu povo e ao deslumbramento da sua paisagem. O Porto é um suave e belo golpe no coração dos seus amantes.

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